Uma multidão tomou as ruas de Roma neste sábado, 18 de maio, na nona edição da Marcha pela Vida.

Com diversos slogans como "aborto é um homicídio" ou "o aborto é a principal causa do feminicídio no mundo", milhares de pessoas participaram neste evento, que teve como primeira atividade do programa, a Adoração Eucarística na sexta-feira, 17 de maio, na igreja Santa Maria in Campitelli.

A marcha começou no sábado, por volta das 14h (hora local) na Piazza della Republica, de onde os participantes marcharam até a Piazza Venezzia.

Na Piazza Venezia, uma das organizadoras da marcha, a italiana Virginia Coda Nunziante, agradeceu a transmissão ao vivo feita pela EWTN, a maior rede de televisão católica do mundo, da qual faz parte o grupo ACI, o que permitiu que este evento tenha um “impacto internacional ainda maior”.

A líder pró-vida destacou como a participação na marcha cresce a cada ano e se torna cada vez mais global, já que “este ano temos a presença de mais de 20 delegações da Argentina”, país que promoveu a ‘onda celeste’ em toda a América Latina, “até a Nova Zelândia e outros territórios”.

"Mas cresce, sobretudo, a nossa consciência de combater uma grande batalha moral e civil, assim como a nossa determinação de não retroceder, de não aceitar compromissos e sempre defender a vida humana inocente, sem nenhum tipo de exceção", acrescentou.

"Não se pode aceitar que uma criança seja assassinada com violência dentro do ventre materno (...) Nós queremos a derrogação total da lei que permite o aborto em nosso país".

Virginia Coda também lembrou que "vai demorar vários anos para chegar a isso", já que, por exemplo, no caso dos Estados Unidos "passaram 40 anos para chegar a uma lei no estado do Alabama", onde se aprovou nesta semana uma lei que proíbe o aborto, legalizado no país em 1973 com a decisão de Roe vs. Wade.

"Não podemos perder de vista nosso objetivo claro. Queremos desmantelar pouco a pouco a lei 194" do aborto na Itália.

"A primeira que temos que derrubar é a das verbas. Não podemos permitir que 200 a 300 milhões de euros dos impostos dos cidadãos italianos sejam usados para matar as crianças. Isso é inaceitável”.

"Esse dinheiro deve ser usado para promover a vida, defender as crianças e melhorar a saúde pública", destacou.

Por outro lado, o renomado ator e diretor mexicano Eduardo Verástegui, que há poucos dias se encontrou com o Papa Francisco no Vaticano; também expressou seu apoio à marcha pela vida em Roma.

Os participantes da marcha, disse Verástegui, "dizem a todo o mundo porque é importante defender a vida em todos os seus estágios, desde o começo até o final".

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"Como cineasta, uso a arte e os filmes para defender a vida, para celebrar. Vocês podem fazer a mesma coisa, não importa o que façam. Podem fazer filmes, ser ator ou professor”.

O produtor mexicano ressaltou que "se colocamos em prática a regra de ouro: tratar os outros como quero ser tratado, então, poderemos fazer que essa bela missão se converta em um movimento global para salvar e celebrar a vida".

"Saiam e defendam a vida com suas vidas", exortou.

Em 22 de maio de 1978, a Lei 194 foi aprovada no Parlamento italiano, que tem o nome de "Normas para a proteção social da maternidade e sobre a interrupção voluntária da gravidez".

Com esta norma, o aborto é permitido nos primeiros noventa dias da gravidez, quando há risco grave para a saúde física e mental da mãe; quando há dificuldades econômicas, sociais ou familiares; ou diante do medo de anormalidades ou malformações fetais.

A próxima Marcha pela Vida em Roma será realizada no dia 23 de maio de 2020, chegando assim a sua décima edição.

 

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